segunda-feira, 6 de agosto de 2012

The Dark Knight Rises(2012) ★★★

Realização: Christopher Nolan 
Argumento: Christopher Nolan e Jonathan Nolan

Passaram-se oito anos desde que Batman desapareceu na noite tornando-se, nesse momento, de herói a fugitivo. Assumindo a culpa pela morte de Harvey Dent, o Cavaleiro das Trevas sacrificou tudo o que para ele e para o Comissário Gordon era um bem maior. Por um momento a mentira funcionou, pois a actividade criminosa em Gotham City foi destruída graças à Lei anti-crime de Dent. Mas tudo muda com a chegada de uma gata silenciosa e astuta, com propósitos misteriosos. Muito mais perigoso, no entanto, é o aparecimento de Bane, um terrorista mascarado cujos planos implacáveis para Gotham City vão fazer Bruce sair do seu auto-imposto exílio. Mas mesmo a usar a sua máscara e capa novamente, Batman pode não estar à altura de Bane.


Não vou esconder que tinha algum receio em ver este «The Dark Knight Rises», não pelo que se fala sobre ele, mas pelo nível que o anterior se elevou. Acreditava que este nunca conseguiria chegar tão perto da perfeição como o anterior e não teria um vilão com um grande carisma como o Joker de Heath Ledger. Infelizmente, eu estava certo! Não é por falta de destaque, Bane (Tom Hardy) é muito destacado e até acaba por ter quase o mesmo tempo no ecrã que Batman/Wayne. Posso dizer, sem algum arrependimento, que Bane é o vilão menos carismático da trilogia, nunca chega a provocar medo e não nos consegue criar a ilusão, momentânea, que ele vai sair vencedor. 
«The Dark Knight Rises» dá um grande destaque a muitas personagens e consegue dar uma grande profundidade a elas, tal como nos dois anteriores. No entanto, acabei por sentir falta de algum sentido de humor, pois este batman é muito serio e muito pesado, todo o seu ambiente é rodeado de negrume e todas as palavras soam a dor e tristeza. 
Explosões, destruição, tiros, pânico... barulho, tudo isto não falta nesta conclusão da trilogia de Nolan, algo que pode fazer muita gente feliz. Não vou dizer que estes aspectos, em dadas circunstancias, não me agradaram e que não fui, de alguma forma, entretido, mas no final fiquei a observar os créditos tentando perceber o porquê daquele sabor amargo que atormentava a minha felicidade, havia um peso que não me deixava esboçar um sorriso de agrado, saí da sala e tive a sensação que deixei algo atrás. Acabei por perceber que tinha perdido a esperança de ver esta trilogia ser bem concluída.  

«The Dark Knight Rises» acolheu-se na profundidade de uma caverna e não conseguiu alcançar o esplendor.


sexta-feira, 20 de julho de 2012

The Amazing Spider-Man (2012) ★★★

Realização: Marc Webb
Argumento: James Vanderbilt, Alvin Sargen e Steve Klove

 A história de Peter Parker, um rapaz que foi abandonado pelos seus pais enquanto criança e foi criado pelo seu tio Ben e tia May. Como a maioria dos adolescentes, Peter tenta descobrir quem ele é e como ele tem de ser como pessoa. Peter tenta também encontrar o seu caminho com a sua primeira paixão Gwen Stacy, e juntos, eles lutam com amor, compromisso e segredos. Quando Peter descobre uma misteriosa mala que pertencia ao seu pai, ele começa uma busca para tentar compreender o desaparecimento dos seus pais, o que o leva directamente para Oscorp e para o laboratório do Doutor Curt Connors, o ex-sócio do seu pai. Como o Homem-Aranha se encontra numa rota de colisão com o alter ego de Connors, The Lizard, Peter vai tomar decisões que vão mudar a sua vida, usando os seus poderes e alterando o seu destino ao tornar-se um herói.


   Bastaram alguns minutos neste reboot do homem-aranha, para me sentir entrelaçado numa teia de emoções e interesse, coisa que os 3 filmes de Raimi não conseguiram fazer na totalidade. 
  «The Amazing Spider-Man» concentra-se muito mais nas personagens e em relações humanas do que nos efeitos visuais e isto, a meu ver, é a chave para nos unir a  tudo que se passa no ecrã. No entanto, devido a tanta concentração nas personagens principais, o vilão acaba por se tornar num aspecto secundário, deixando a fase final com um impacto restrito e um pouco amargo.
   A química entre Andrew Garfield e Emma Stone salta logo à vista e Garfield consegue dar força, charme e muita vida a um homem-aranha de grande estilo e sentido de humor, tal como a personagem BD. Talvez este ultimo ponto tenha sido o que mais me agradou em todo o filme, pois era o que mais faltava no homem-aranha  interpretado por Tobey Maguire, nos três filmes anteriores. Este aspecto foi uma das razões que influenciou o meu desgosto pela trilogia de Raimi. 
     Marc Weeb, que já tinha dado provas da sua excelência como realizador em «(500) Days of Summer», que aqui é evidente o seu toque artístico, voltou a demonstrar que é um realizador a observar mais de perto. A musica do senhor James Horner é sempre bela e bem vinda e os efeitos visuais, embora acabam por cair em segundo ou terceiro plano, estão bem conseguidos. 
  «The Amazing Spider-Man» morde-nos e envenena-nos durante todo o seu percurso. Atinge o nosso sistema nervoso afectando os nossos sentimentos, embrulha-nos em ilusões e fantasia. No final liberta-nos e deixa-nos com o desejo de sermos mordidos novamente. 

segunda-feira, 25 de junho de 2012

A Torinói ló «The Turin Horse (2011)» ★★★★★

 Realização: Béla Tarr e Ágnes Hranitzky
 Argumento: László Krasznahorkai e Béla Tarr

Em Turim, em 1889, Nietzsche protege um cavalo que é brutalmente espancado. Depois desse episódio, perderá a razão. No campo, um camponês, a filha e o velho cavalo. Lá fora, uma tempestade.


Reza a lenda que Nietzsche sofreu o, famoso, colapso mental após ter tentado proteger um cavalo que estava a ser espancado. A questão em «A Torinói ló» é; O que aconteceu ao cavalo? 
Realizador Béla Tarr disse que este seria o seu ultimo filme, ironicamente ou não «A Torinói ló»  é sobre o peso da existência humana e coloca-nos um sentimento que algo vai acabar. 
Num desenrolar lento e a preto e branco somos inseridos, durante 6 dias, na vida de um camponês, sua filha e um cavalo, através de um ambiente arrepiante, atormentador e apocalíptico. Este ambiente é criado não só pelo seu aspecto estético, mas também pelo seu conteúdo argumentativo; Aquela rotina diária, aqueles trabalhos básicos, toda aquela repetição fez-me chegar a um enorme vazio, rodeado por solidão e tristeza. No entanto, os meus olhos estavam viciados no ecrã, pois o que se passava nele era atormentadoramente deslumbrante.
 A Torinói ló aka «The Turin Horse (2011)» é um filme que não tem nada de ordinário, é belo demais para ser designado como belo, é muito relevante para ser considerado obrigatório... é simplesmente genial. 


segunda-feira, 11 de junho de 2012

Prometheus (2012) ★★★

Realização: Ridley Scott
Argumento: Jon Spaihts e Damon Lindelof

Uma expedição espacial em busca do maior de todos os segredos, torna-se num desafio à perseverança e sobrevivência da tripulação quando confrontada com um pesadelo como a humanidade nunca viu.


Ridley Scott voltou, após tanto tempo afastado, ao género da ficção cientifica. Só por  este feito «Prometheus» já era tão esperado, a isto acrescenta-se o facto de ser uma prequela do primeiro "Alien" e ter sido, espantosamente, bem promovido, criando em mim uma inevitável expectativa.
Desapontado, é a palavra mais adequada para definir o que senti quando acabei de visualizar «Prometheus», não pelo seu aspecto visual de encher o olho ( parabéns à direcção artística) nem pelo desempenho dos actores ( Michael Fassbender está fenomenal como andróide David), o meu desapontamento foi direccionado ao desenvolvimento das derradeiras perguntas - Quem somos, quem nos criou e porquê?- Não vou esconder que estas perguntas agradam-me, mas igualmente tornam tudo mais delicado, sendo isto o que promoveu em mim um certo receio para o que vinha a seguir, já que nunca consegui retirar da mente, também porque o filme não o permitia,  que estava a ver um filme ligado a «Alien (1979)». Acredito que esta ligação foi o que colocou, nesta longa-metragem, uma enorme "etiqueta" pois «Prometheus» poderia sobreviver eficazmente sem uma união a qualquer filme, sendo ele, por si só, um inicio de uma saga prometedora.
«Prometheus» aterrou e deixou-me deslumbrado com os seus efeitos visuais, no entanto, o combustível da sua abordagem filosófica não foi o suficiente para elevar-se e ser algo mais que um mero blockbuster de verão.


quarta-feira, 6 de junho de 2012

God Bless America (2011) ★★

Realização: Bobcat Goldthwait 
Argumento: Bobcat Goldthwait 

Frank, um homem solitário, desempregado, descobre que tem um tumor no cérebro resolvendo então matar todas as pessoas que considera um problema para a humanidade. No caminho encontra uma adolescente de 16 anos, Roxy, revoltada e que partilha da mesma raiva. 


No inicio não é difícil concordar com Frank (Joel Murray) e a sua frustração por viver num mundo recheado de ignorância e estupidez. Até aqui consegue-se perceber a ideia de Goldthwait e sentir algum conforto e agrado, o problema está a seguir, quando nos apercebemos que estamos a ver um filme sobre dois psicopatas que decidiram matar quem achavam que merecia morrer. Se concordarmos com eles estamos a concordar com todo este tipo de violência extrema, pois este é o caminho mais fácil e não o mais eficaz. Não vou esconder que achei alguns momentos engraçados, tais como a cena na sala de cinema, mas para um filme que começa a exibir um problema tão real e acaba por resolvê-lo de uma forma extremamente ridícula torna-se muito difícil soltar uma gargalhada.
«God Bless America» é o perfeito exemplo de um filme com uma ideia que prometia ser genial, mas acaba por não cumprir a promessa. 


segunda-feira, 4 de junho de 2012

Snow White and the Huntsman (2012) ★★★

Realização: Rupert Sanders
Argumento: Evan Daughert, John Lee Hancoc e Hossein Amini

Nova versão do lendário conto «A Branca de Neve e o Caçador», a história de Branca de Neve, a única pessoa na terra mais bela que a rainha má, que fará de tudo para a destruir. A jovem Branca de Neve aprende a arte da guerra com um caçador, que supostamente teria a missão de a matar, acabando por ajudar a ameaçar o reino da rainha maléfica.


Não penso ser acusado de estragar esta obra a alguém pois esta se trata de um conto de fadas, e os contos de fadas todos nós sabemos como acabam; ...e viveram felizes para sempre! Em «Snow White and the Huntsman» a diferença está no seu conteúdo e na forma como tudo é construído, introduzindo-nos, com alguma eficácia, num mundo recheado de maravilhas e escuridão. 
A maior diferença, deste filme e o conto que todos conhecemos, está na forma que nos faz encarar o bem e o mal, criando-nos alguma empatia pelo mal; A maldade não nasce com a rainha má, mas sim o mundo que a envolve a fez ser assim.
Todo o filme é acompanhado por uma admirável banda-sonora e  excelentes efeitos visuais, no qual as suas maiores pérolas são a  floresta negra e a floresta encantada. Muitos parabéns à equipe de direcção artística pois nos entrega, principalmente na floresta encantada, momentos de pura delicadeza que nos obriga a arregalar os olhos e esboçar sorrisos. No entanto, «Snow White and the Huntsman» consegue ser muito longo para o seu conteúdo e consegue pecar na sua conclusão, principalmente quando vemos uma Branca de Neve transformada em Joana d'Arc, deixando-nos a semente no pensamento de como ela ganhou todo aquele espírito de guerreira logo após ter acordado do feitiço da maçã. Talvez a maçã tivesse alguma vitamina E(spada).  
Bem, quanto a interpretações, não acho que este é um filme dedicado a tal, mas é de realçar Charlize Theron como rainha má (Ravenna), e  Kristen Stewart como Branca de Neve, que demonstraram, sem sombra de duvidas, terem sido muito bem escolhidas para os seus papeis.
 «Snow White and the Huntsman» é uma reinvenção de um conto de fadas que  leva-nos por um caminho visualmente prazeroso onde existe uma maior preocupação e complexidade nas personagens, mas, infelizmente, peca na sua conclusão deixando-nos infelizes para sempre. 



quinta-feira, 31 de maio de 2012

Dark Shadows (2012) ★★★


Realização: Tim Burton
Argumento: Seth Grahame-Smit, baseado na serie televisiva criada por Dan Curtis

Duas décadas depois de ter chegado à América, Barbanas tem o mundo a seus pés ou pelo menos a cidade de Collinsport, no Maine. O mestre da mansão Collinwood, Barnabas, é rico, poderoso e um playboy inveterado. Até que comete o grave erro de partir o coração a Angelique Bouchard. Uma bruxa, em todos os sentidos da palavra, Angelique amaldiçoa-o com um destino pior que a morte: torna-o num vampiro e enterra-o vivo. Dois séculos depois, Barbabas é inadvertidamente libertado do seu túmulo e emerge num mundo muito diferente do seu, no ano 1972. Ele regressa à mansão Collinwood e descobre que a outrora grandiosa mansão caiu em ruína. Os restantes membros da disfuncional família Collins saíram-se um pouco melhor, cada um escondendo os seus próprios segredos obscuros. A matriarca Elizabeth Collins Stoddard chamou para viver consigo a psiquiatra Dr. Julia Hoffman para a ajudar com a sua problemática família. Também residem na mansão o irmão de Elizabeth, Roger Collins,a sua filha adolescente rebelde Carolyn Stoddard e o precioso filho de 10 anos de Roger, David Collin.


«Dark Shadows» é, sem duvida, visualmente elegante e eleva-nos as expectativas, mas, infelizmente, não as consegue satisfazer. Contém aspectos que no inicio funcionam mas depois tornam-se comuns e previsíveis, tais como as reacções constantes de Barnabas (Johnny Depp) em relação à cultura pop dos anos 70. 
O que nos contenta, nesta oitava união de Depp e Burton, é a interpretação de Depp como Barnabas, onde, novamente, apresenta-se com uma enorme intensidade, conseguindo elevar alguns momentos do filme.
Infelizmente, os buracos no argumento são constantes e desnecessários, como por exemplo, momentos que podemos observar Barnabas exposto ao sol com a luz solar a tocar a sua face e nada acontecer, enquanto em outros momentos Barnabas encontra-se no interior da mansão, é tocado por um raio solar e de pronto entra em combustão. São aspectos como este que retiram alguma credibilidade a um filme que prometia ser muito agradável mas acabou por ser um dos poucos filmes, da união Depp & Burton, que não me convenceu por completo.
 «Dark Shadows» suga-nos através do seu aspecto visual e depois deixa-nos secos de emoções.



segunda-feira, 28 de maio de 2012

Hodejegerne «Headhunters» (2011) ★★★★

Realização: Morten Tyldum
Argumento: Lars Gudmesta, Ulf Ryberg, baseado na obra literária de Jo Nesbø 

Roger tornou-se um exímio ladrão de obras de arte. Tudo corre dentro do planeado na vida de Roger, até o dia em que aparece Clas Greve, um executivo experiente, ex-militar, elegante, rico e proprietário de uma pintura de valor inestimável. Greve fará Roger mergulhar em uma espiral de tragédias. Enquanto os corpos vão se acumulando ao seu redor, Roger percebe que envolveu-se em algo que lhe fugia completamente do controle. E todos ao seu redor são suspeitos.


Directamente da Noruega veio este estrondoso thriller que se sustenta na historia e personagens, onde a simpatia pela personagem principal, interpretada por Aksel Hennie,  e o nosso interesse por Clas Greve vão aumentando gradualmente. Aqui, a concentração está nos aspectos humanos e estes demonstram ser muito mais apelativos que qualquer thriller recheado de tiros e explosões no qual os efeitos visuais são o seu forte. São estes aspectos humanos que nos manipulam para entrarmos num mundo de carne e osso e são estes aspectos que nos transportam para o interior de um ecrã que pouco tem de artificial.
"Headhunters" explora o comportamento humano e coloca-nos num enorme labirinto recheado de armadilhas, que à primeira visualização não conseguimos acompanhar passo a passo. Sabemos que estamos a ser constantemente manipulados e ficamos felizes por isso.


quarta-feira, 23 de maio de 2012

The Dictator (2012) ★★★

Realização: Larry Charles
Argumento: Sacha Baron Cohen, Alec Berg, David Mandel e Jeff Schaffer

General Almirante Shabazz Aladeen (Sacha Baron Cohen), um dos mais excêntricos e egocêntricos ditadores que o mundo já alguma vez viu é conhecido pela sua indestrutível barba, por dormir com centenas de celebridades, pelo seu dinheiro e por organizar e determinar os seus próprios Jogos Olímpicos.
Aladeen atrai a atenção internacional quando surgem novidades acerca do seu programa secreto nuclear. Depois de uma tentativa de assassinato a que escapa, Aladeen encontra-se sozinho e sem dinheiro nas ruas de Nova Iorque.


«Esta critica é dedicada ao grande ditador Norte Coreano Kim Jong II». É também desta forma que começa "The Dictator" e assim permanece durante os restantes 83 minutos. 
É, sem duvida, uma sátira hilariante (escrita por Sacha Baron Cohen, Alec Berg, David Mandel e Jeff Schaffer) que nos faz observar alegremente à distancia um mundo que conhecemos de tão perto. Um mundo envenenado, não só por crimes de ditadores mas também pela mentira e pela hipocrisia que nos molesta frequentemente. 
Esta não é a primeira vez que vemos uma comédia sobre um ditador ordinário com tendências para o genocídio. Em 1940 o senhor Charles Chaplin realizou, escreveu e interpretou "The Great Dictator" onde podemos observar alguma relação com este  "The Dictator", mas comparar os dois seria ridículo da minha parte, pois o filme de Chaplin é uma obra de arte sentimental onde acaba-se por  observar o mundo com algum optimismo. Aqui o mundo é visto de uma forma cinematograficamente vulgar onde a tentativa é, claramente, ridicularizar e divertir. Através deste, Cohen aproveita e volta a atacar de modo monumental com muitos momentos imaturos mas muito criativos e  engraçados que nos desperta a curiosidade para o que vem a seguir, sendo esta curiosidade o que nos mantém religiosamente ligados à tela.
Por mais que seja controverso ou ofensivo para alguns"The Dictator" funciona, pois consegue ir ao nosso interior rebuscar gargalhadas, através de muita verdade inconveniente misturada em fantasia.





domingo, 13 de maio de 2012

The Avengers (2012) ★★★

Realização: Joss Whedon 
Argumento: Joss Whedon e Zak Pen

No momento em que aparece um inesperado inimigo que ameaça a segurança global, Nick Fury, o Diretor da agência internacional que assegura a paz mundial conhecida como S.H.I.E.L.D, vê-se na necessidade de recrutar uma equipa capaz de salvar o planeta do desastre iminente. Por todo o globo, uma audaz força de recrutamento é iniciada.


Se és um fã da Marvel, acredito que "The Avengers" pode provocar-te sensações extraordinárias, se és só um fã de cinema, ou mesmo de entretenimento, vais sair com a percepção que acabaste de ver um grupo de sociopatas musculados a destruir Manhattan, mas de uma forma agradável e muito divertida.
Fantasia, violência, tiros, bolas de fogo... destruição, era isso que já se esperava desta longa-metragem em que o movimento no ecrã é constante e onde é demonstrado que os efeitos visuais funcionam quando apoiados num argumento solido. Sem duvida que os efeitos visuais e sonoros são de grande nível e o argumento não é o mais solido que já se verificou, contendo alguns aspectos mal explicados que nos deixa com algum sabor amargo, mas desde o momento inicial que "The Avengers" abre as mãos e  convida-nos a entrar numa viagem que não deve ser levada a serio. 
Após alguns anos de espera, de termos sido levados pelas personagens em 5 filmes, ajudando num aumento de expectativa, "The Avengers" chegou e não desiludiu. É pura diversão, contém momentos de gargalhada inevitável e a aliança entre as personagens consegue unir-se a nós. No final, nós agradecemos. 


terça-feira, 8 de maio de 2012

Coriolanus (2011) ★★★★

Realização: Ralph Fiennes
Argumento: John Logan, baseado na peça de William Shakespeare

Caius Martius "Coriolano", um reverenciado e temido general romano, está em conflito com a cidade de Roma e com os seus concidadãos. Pressionado pela sua mãe, ambiciosa e controladora, Volumnia, a procurar a cobiçada e poderosa posição de Cônsul, ele está relutante em insinuar-se junto às massas, cujos votos necessita para assegurar o cargo. Quando o povo se recusa a apoiá-lo, a raiva de Coriolano gera um motim que culmina na sua expulsão de Roma. O herói banido alia-se então ao seu jurado inimigo Tullus Aufidius para se vingar da cidade.


Primeiro que tudo, antes de começar a falar mais pormenorizadamente desta obra surpreendente, gostava de enfatizar a estrondosa interpretação de Ralph Fiennes, demonstrando também o meu agrado pela coragem deste por ter se envolvido neste grande desafio, mesmo sabendo que Fiennes é um grande fã de Shakespeare e da peça.
 "Coriolanus" aparenta, inicialmente, ser um filme de pouca sensibilidade pois consegue ter momentos brutalmente violentos e chocantes, mas num olhar mais profundo conseguimos reparar na relação que o herói tem com o seu inimigo e acabamos por ser inseridos numa teia de respeito entre ambos que acaba por superar o ódio. 
Não poderia deixar de mencionar os diálogos de grande requinte que aqui são usados, posso até dizer que aqui fala-se a língua de Shakespeare. O contraste de tempos é evidente, não se luta com espadas mas sim com armas de fogo em locais completamente degradados, os trajes são outros e os cenários também,  mas mesmo existindo todas estas diferenças ficam as atitudes humanas que não foram alteradas, e através destas o mundo contemporâneo torna-se igual ao de outros tempos deixando-nos a mensagem que realmente pouco mudou.
 "Coriolanus" é um filme obrigatório que consegue embrulhar-nos noutros tempos sem sairmos do nosso. 



domingo, 29 de abril de 2012

Chronicle (2012) ★★★★

Realização: Josh Trank 
Argumento: Max Landis

Três amigos ganham super-poderes ao entrarem em contacto com uma substância misteriosa. A partir daí decidem documentar as suas façanhas, filmando tudo, sem saberem os problemas que iriam defrontar.


De vez em quando aparece aquele filme que, surpreendentemente, começa a provocar algum barulho e nos introduz novos talentos, "Chronicle" é aquele filme! Josh Trank tem 26 anos e esta é a sua primeira realização, Max Landis tem também 26 anos, fez anteriormente alguns pequenos argumentos mas este filme faz revelar a sua existência no mundo cinematográfico.
Não vou esconder que no inicio, deste fantástico filme, não estava a achar que a formula pseudo-documentário funcionaria bem como funcionou em alguns filmes, tais como "The Blair Witch Project "  ou mesmo "[REC]", mas com o desenrolar da historia e através de pormenores espantosos, o filme conseguiu colocar-me no seu interior de uma forma emocional e tornar-me um crente. 
"Chronicle" é um drama de ficção-cientifica com extraordinários efeitos visuais mas onde a grande diferença está em personagens dignas de uma  banda-desenhada em que o factor humano nunca é esquecido.
É incrível como em 83 minutos e com um orçamento limitado consegue-se fazer o que muitos não conseguem em 120 minutos, ou mais, e com altos orçamentos. Posso estar enganado mas acredito que a diferença está nos sentimentos, na forma como estes são expostos e provocados, porque toda esta criatividade encantadora cria-nos raízes e só nos mexemos quando nos apercebemos que filme acabou e a nossa realidade voltou.
"Chronicle" é algo de novo e autentico, é aquele filme revelação que permanecerá na mente e coração de muitos.


sexta-feira, 27 de abril de 2012

Sherlock Holmes: A Game of Shadows (2011) ★★★

Realização: Guy Ritchie
Argumento: Michele Mulroney e Kieran Mulroney

Quando o príncipe herdeiro da Áustria é encontrado morto, a evidência, segundo o Inspector Lestrade, aponta para suicídio. Mas Sherlock Holmes deduz que o príncipe foi assassinado - um assassínio que é apenas uma peça de um grande e poderoso puzzle, projectado pelo Professor Moriarty. Misturando negócios com prazer, Holmes segue as pistas até um clube de senhores nocturno, onde ele e o seu irmão, Mycroft Holmesbrindam ao Dr. Watson na sua última noite de solteiro. É aí que Holmes encontra Sim, uma cigana cartomante, que vê mais do que aquilo que conta e os envolvidos no assassinato do príncipe tornam-na no próximo alvo a abater.


"Sherlock Holmes: A Game of Shadows" tem momentos violentos muito divertidos e por este meio consegue nos entreter. Acredito que este seja o objectivo desta sequela que tal como o anterior conseguiu manter-me sorridente durante quase todo o tempo.
Em comparação ao primeiro, este é maior e mais barulhento mas continua com a realização que só Ritchie sabe fazer, a personagem Holmes continua extremamente divertida e bem interpretada por Robert Downey Jr. e igualmente pode se dizer de Watson, onde Jude Law faz novamente um bom trabalho.
É evidente que esta sequela não traz algo de novo ao mundo cinematográfico e não nos deixa felizes após. Simplesmente enchemos os olhos no momento e  depois sentimos algum vazio no inicio dos créditos finais, isso é um sentimento já conhecido, pois já havia sido causado pelo anterior "Sherlock Holmes". 
"Sherlock Holmes: A Game of Shadows" não é um filme para ser levado a serio mas diverte-nos e carrega-nos até à sua conclusão. 


quinta-feira, 19 de abril de 2012

Haywire (2011) ★★★

Realização: Steven Soderbergh
Argumento: Lem Dobbs

Após libertar um jornalista chinês refém, Mallory (Gina Carano) é enganada e abandonada à morte por alguém da própria agência do Governo para quem trabalha. De repente um grupo de assassinos conhece cada passo seu, mas Mallory liberta a fúria das suas capacidades de combate para descobrir a verdade e vira o jogo contra o seu adversário.


Se Lara Croft e Jason Bourne tivessem uma filha seria Mallory Kane (tem a agilidade de Croft e brutalidade de Bourne). O foco central deste thriller, embora ter um elenco secundário de luxo, é a personagem interpretada por Gina Carano onde vemos a sua capacidade para o combate e, de certa forma, uma semelhança a uma heroína de banda desenhada.
A coreografia dos combates estão muito bem executadas e filmadas, a ideia de não colocar faixa sonora durante eles não é nova mas funciona na perfeição, principalmente quando se quer dar um ar mais violento e realista.
O problema desta longa-metragem centra-se, claramente, no argumento que nos faz sentir perdidos em personagens com muito pouco desenvolvimento e por isto nunca  chega a provocar um grande impacto na historia nem ajuda a entrarmos fortemente no enredo. Tem alguns buracos no argumento, principalmente se questionarmos se tudo que está a ocorrer no ecrã seria possível acontecer na nossa realidade ou mesmo naquela criada no filme: Seria possível aquela organização sobreviver muito tempo com a variedade de mortes que ocorrem? 
Em suma "Haywire" é puro entretenimento, merece ser visualizado mas não é para ser levado a serio. O melhor será deixar o raciocino fora do filme e seguir em viagem relaxado.


domingo, 15 de abril de 2012

Intouchables (2011) ★★★★

Realização: Olivier Nakache e Eric Toledano
Argumento: Olivier Nakache e Eric Toledano

Após um acidente de para-pente, Philippe, um rico aristocrata, contrata Driss, um jovem dos subúrbios, praticamente acabado de sair da prisão, para o assistir no dia a dia, e que parece a pessoa menos adequada para a função. Juntos, vão fazer renascer Vivaldi, recuperar "Earth Wind and Fire", o verbo e o portão, os fatos clássicos e os fatos de treino. Dois universos cruzam-se e integram-se para dar nascimento a uma amizade tão louca, divertida e forte quanto inesperada, uma relação única que produz faíscas e torná-los verdadeiros amigos improváveis.


Quando vi o trailer desta comédia dramática fiquei um tanto desconfiado, mas lá acabei por fazer um esforço e dispensei 112 minutos da minha vida. O incrível é que estes 112 minutos passaram tão rapidamente que acabei por desejar mais. "Intouchables" não é o típico filme melo-dramático que força uma lágrima ou mesmo um sorriso, "Intouchables" é simplesmente electrizante e muito divertido. Carrega-nos nos braços e insere-nos na vida de duas personagens opostas mas fascinantes explorando-as até o derradeiro final. 
A trilhas sonoras, que acompanham toda esta viagem, são de grande requinte e ajudam a envolver-nos, com um grande sorriso, no que se está a passar no ecrã. 
Existe momentos de enormes gargalhadas e de tristeza mas o que fica é a felicidade de estarmos perante um filme extremamente agradável.
Poderia estar aqui a tentar encontrar mais argumentos para demonstrar o quanto "Intouchables" me fascinou mas estes argumentos não seriam suficientes para provocar os sentimentos que esta longa-metragem me incitou.





Urban Explorer (2011) ★

Realização: Andy Fetscher
Argumento: Martin Thau 

Uma grupo de quatro jovens contrata um guia, que os leva para o mundo subterrâneo da cidade de Berlim. Quando o guia tem um acidente, e enquanto dois vão à procura de ajuda, os outros recebem a visita de alguém que diz que os quer ajudar mas acaba tornando o resto das suas vidas num pesadelo. 


Não vou esconder que não tinha algumas expectativas a respeito deste filme e mesmo quando vi o trailer não encontrei algo que fosse apelativo mas mesmo assim tive a oportunidade de visualizá-lo. 
É interessante como, às vezes, a nossa primeira impressão é a correcta. "Urban Explorer" é um slasher com alguns momentos arrepiantes mas não vai mais para além disso, é muito previsível e contém momentos típicos de anti-climax . As personagens, como acontece normalmente no género, não têm profundidade e existe buracos no argumento maiores que o do ozono. 
Para terminar, o tempo já muito dispensado a este slasher de fraco nível, gostaria de salientar o meu profundo desagrado por filmes deste género, onde o foco é matar a sede a sedentos por sangue e não em criar um agradável momento cinematográfico. 


quarta-feira, 11 de abril de 2012

Shame (2011) ★★★★★

Realização: Steve McQueen
Argumento: Steve McQueen e Abi Morgan 

Brandon (Michael Fassbender) é um homem bem sucedido que mora sozinho em Nova York. Seus problemas de relacionamento, aparentemente, são resolvidos durante a prática do sexo, tendo em vista que é um amante incontrolável. Contudo, sua rotina de viciado em sexo acaba sendo profundamente abalada quando sua irmã Sissy (Carey Mulligan) aparece de surpresa e pretende morar com ele. 


Existem varias razões para adorar esta brilhante longa-metragem. Começo pela mais evidente; a estrondosa interpretação de Fassbender. É incrível como as suas expressões faciais nos conseguem despertar tantas emoções. Não acredito que exista muitos actores que aceitassem este desafio. 
A realização de Steve McQueen insere-nos rapidamente na vida de Brandon, fazendo-nos sentir o seu isolamento e o seu vicio extremo por sexo dando-nos a percepção que existe algo de triste no seu passado, não sendo necessário sabermos o quê. Os primeiros planos da face de Brandon são longos e maravilhosos, a fotografia  é esplêndida e a banda-sonora faz-nos flutuar para dentro do ecrã, como se fossemos arrastados pelas as suas  belíssimas notas. 
"Shame" é  um drama complexo, belo e muito emocionante que penetra-nos o coração, viola-nos a mente e explora os nossos sentimentos.


segunda-feira, 9 de abril de 2012

The Hunter (2011) ★★

Realização: Daniel Nettheim 
Argumento:  Alice Addison, baseado na obra literária de Julia Leigh

Martin (Willem Dafoe),é  um mercenário enviado da Europa, por uma empresa misteriosa de biotecnologia, ao deserto selvagem da Tasmânia em uma caçada dramática ao último tigre-da-Tasmânia.


Começo por falar nos aspectos que me agradaram neste "The Hunter". O aspecto que me saltou logo à vista foi a sua fotografia espantosa e os momentos na floresta solitária da Tasmânia, que me provocou uma inevitável admiração à sua beleza natural. O outro aspecto que me agradou, para além da já habitual interpretação de Dafoe, foram alguns momentos de suspense, em que Martin (Willem Dafoe) parte em busca da sua presa.  No entanto, "The Hunter" foca-se muito num drama familiar e nos maus tratos ambientais mas nunca consegue enfia-los, por completo, na sua moldura. Talvez se o foco maioritário fosse o confronto entre homem e besta na floresta da Tasmânia o quadro estaria completo e bem exposto. 
No final, após 90 minutos de expectativa, encontramos um confronto muito breve, que acaba  por nos colocar os lábios secos de insatisfação.

Once Upon a Time in Anatolia (2011) ★★★★

Realização: Nuri Bilge Ceylan 
Argumento: Nuri Bilge Ceylan, Ebru Ceylan e Ercan Kesal 

Um grupo composto por policias, um promotor, um médico, dois coveiros e um criminoso procuram nas colinas desertas de Anatólia o corpo de uma vítima de assassinato.


"Once Upon a Time in Anatolia"é aquele filme especial de 150 minutos que nos deixa, inicialmente, a pensar se todo aquele tempo seria necessário, mas rapidamente percebemos que tudo o que estamos a ver é necessário e o tempo cai no esquecimento. Não é um filme directo mas precisa de ser assim para demonstrar a sua ideia. O facto de ser indirecto torna tudo à sua volta enigmático fazendo-nos prender às personagens que nos proporcionam momentos de diálogos estupendos e profundos. 
Nuri Bilge Ceylan não nos cede grandes momentos dramáticos e deixa-nos fabricar sentimentos pelas personagens. No final chegamos à conclusão de como a busca influenciou a todos, principalmente o médico e o promotor.
Atenção que "Once Upon a Time in Anatolia" não é um filme comum, a sua lentidão e longevidade pode desagradar a muitos mas a partir do momento que entramos no interior das suas personagens sentimo-nos atraídos por todo o ambiente que o envolve. 

 

sábado, 7 de abril de 2012

Mientras duermes (2011) ★★★★

Realização: Jaume Balagueró 
Argumento: Alberto Marini 

César (Luis Tosar) trabalha como porteiro num prédio, mas tem um terrível segredo, uma obsessão muito particular, ele adora magoar, adora provocar dor ao mundo que o rodeia. 
A nova vizinha do 5º B não pára de sorrir; entra e sai todo dia radiante e feliz e por esta razão ela é a nova obsessão de César.  


Observando rapidamente a sinopse, deste novo filme de Jaume Balagueró, podemos ser conduzidos para um sabor muito familiar, pode parecer tanto com tantos outros, mas se olharmos para a forma que tudo está construído, reparamos que existe uma enorme diferença. Esta agradável diferença está no toque magico de uma realização deslumbrante que nos coloca, quase todo o tempo, nos bicos dos pés. 
Balagueró consegue provocar-nos medo constante, através de momentos de puro suspense numa atmosfera brilhantemente arrasadora que nos deixa sem fôlego.
Mientras duermes é sem duvida um thriller psicológico com um argumento muito bem escrito e com espantosas interpretações que muitas vezes conseguem elevar, ainda mais, o filme.
No final, sentimos que acabamos de ver algo doente, traumatizante e arrasador  mas cinematograficamente gratificante onde,mais uma vez, Balagueró consegue surpreender e demonstrar o porquê de ser um dos melhores realizadores, do género, da actualidade.

sábado, 31 de março de 2012

The Rum Diary (2011) ★★★

Realização: Bruce Robinson
Argumento: Bruce Robinson, baseado na obra literária de Hunter S. Thompson

Paul Kemp (Johnny Depp) é um jornalista freelancer que abandona tudo para ir trabalhar para um decrépito jornal numa ilha das Caraíbas. O álcool, as drogas e as mulheres continuam a ser os seus vícios, numa complicada teia de interesses com um dos homens mais poderosos da ilha.


Começo por dizer que Depp pode ter um "relacionamento" muito forte com  Hunter S. Thompson. No ano de 1998 em Fear and Loathing in Las Vegas Thompson foi retratado, com enorme agrado da minha parte, e neste The Rum Diary voltamos a ver esta personagem mas de uma forma mais séria. 
Aqui luta-se contra a corrupção, acredito que este é o propósito de todo o filme, mas acabamos por ser levados e afogados em vícios, tais como o alcoolismo e drogas,  que a certo ponto perdemo-nos no qual o propósito principal de toda a historia. 
The Rum Diary  tem alguns momentos hilariantes, onde Johnny Depp faz novamente um excelente trabalho, mas senti-me um tanto embriagado durante o seu desenrolar  que a certo ponto encontrei-me num lago recheado palavras perdidas mas, estranhamente, divertidas.Talvez a tinta tenha acabado e o Rum não.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

The Grey (2012) ★★★

Realização: Joe Carnahan 
Argumento: Joe Carnahan 

Ao tentar fazer uma viagem tranquila para casa, um grupo de extractores de petróleo do Alasca acabam sofrendo um acidente aéreo. Do total de 125 passageiros, apenas 8 sobrevivem. Feridos, tentam se recuperar quando descobrem que aquele é um local habitado por uma matilha de lobos selvagens. Considerando os humanos invasores, os animais passam a caçar lentamente os sobreviventes da queda do avião, levando-os a uma intensa luta pela sobrevivência.


The Grey foi aquele filme que me conseguiu surpreender pela positiva, tanto pelo seu aspecto técnico como também pela sua devoção a uma historia de sobrevivência, que já  foi muitas vezes usada mas aqui aparenta ser algo refrescante e novo. Talvez seja pelo uso da lógica na lei da sobrevivência, no como compara o comportamento humano/racional ao mundo do animal irracional e na forma como as personagens principais encaram a dureza de estarem a ser observados, manipulados e perseguidos por seres pacientes e em maioria, num clima extremamente cruel.
O filme dá-nos tempo para nos colocar presos a algumas personagens de um modo profundo e poético, tornando alguns momentos profundamente dolorosos onde levamos a vida e a morte a serio.
A morte é observada de bem perto em The Grey mas em cada momento, susto, dialogo e frame sentimo-nos vivos.




sábado, 25 de fevereiro de 2012

The Woman in Black (2012) ★★

Realização: James Watkins
Argumento: Jane Goldman, baseado na obra literária de Susan Hill

O jovem advogado londrino Arthur Kipps (Daniel Radcliffe) é forçado a deixar o seu filho de três anos para viajar até à aldeia remota de Crythin Gifford, para tratar dos negócios do falecido proprietário da Eel Marsh House. Mas quando chega à arrepiante velha mansão, ele descobre segredos obscuros do passado dos habitantes da aldeia e o medo começa a dominá-lo quando vislumbra uma misteriosa mulher vestida de negro.

  
The Woman in Black começa como todos os filmes deste género normalmente começam: uma tragédia, um ambiente assustador e um segredo por desvendar. Não vou esconder o meu agrado pelo fase inicial, mesmo não sendo algo de novo deixa sempre um desejo para ver o que vem a seguir, mas acabei por me aperceber rapidamente que estava perante um filme mediano que deseja ser algo mais. São muito poucas as tentativas de dar um susto ou mesmo um arrepio e as que existem não são eficazes, acabando por nos deixar, novamente, aborrecidos no mundo irritante do cliché. 
O mistério é tão previsível que percorri até à sua resolução tentando acreditar que ia ser surpreendido, tal não aconteceu e acabei por me sentir rejeitado num poço sem fundo. 
Quanto a Daniel Radcliffe, torna-se evidente a sua luta para fugir à personagem Harry Potter, talvez porque a personagem aqui não é a ideal ou por não ter tido tempo suficiente para desenvolvê-la, mas sua fuga não foi eficaz.

The Woman in Black é o fantasma de Harry Potter e do cinema de terror, é um filme medíocre com uma conclusão que nos deixa irritados e com vontade de entrar numa maquina do tempo.