Realização: Christopher Nolan
Argumento: Christopher Nolan e Jonathan Nolan
Passaram-se oito anos desde que Batman desapareceu na noite tornando-se,
nesse momento, de herói a fugitivo. Assumindo a culpa pela morte de
Harvey Dent, o Cavaleiro das Trevas sacrificou tudo o que para ele e
para o Comissário Gordon era um bem maior. Por um momento a mentira
funcionou, pois a actividade criminosa em Gotham City foi destruída
graças à Lei anti-crime de Dent. Mas tudo muda com a chegada de uma gata
silenciosa e astuta, com propósitos misteriosos. Muito mais perigoso,
no entanto, é o aparecimento de Bane, um terrorista mascarado cujos
planos implacáveis para Gotham City vão fazer Bruce sair do seu
auto-imposto exílio. Mas mesmo a usar a sua máscara e capa novamente,
Batman pode não estar à altura de Bane.
Não vou esconder que tinha algum receio em ver este «The Dark Knight Rises», não pelo que se fala sobre ele, mas pelo nível que o anterior se elevou. Acreditava que este nunca conseguiria chegar tão perto da perfeição como o anterior e não teria um vilão com um grande carisma como o Joker de Heath Ledger. Infelizmente, eu estava certo! Não é por falta de destaque, Bane (Tom Hardy) é muito destacado e até acaba por ter quase o mesmo tempo no ecrã que Batman/Wayne. Posso dizer, sem algum arrependimento, que Bane é o vilão menos carismático da trilogia, nunca chega a provocar medo e não nos consegue criar a ilusão, momentânea, que ele vai sair vencedor.
«The Dark Knight Rises» dá um grande destaque a muitas personagens e consegue dar uma grande profundidade a elas, tal como nos dois anteriores. No entanto, acabei por sentir falta de algum sentido de humor, pois este batman é muito serio e muito pesado, todo o seu ambiente é rodeado de negrume e todas as palavras soam a dor e tristeza.
Explosões, destruição, tiros, pânico... barulho, tudo isto não falta nesta conclusão da trilogia de Nolan, algo que pode fazer muita gente feliz. Não vou dizer que estes aspectos, em dadas circunstancias, não me agradaram e que não fui, de alguma forma, entretido, mas no final fiquei a observar os créditos tentando perceber o porquê daquele sabor amargo que atormentava a minha felicidade, havia um peso que não me deixava esboçar um sorriso de agrado, saí da sala e tive a sensação que deixei algo atrás. Acabei por perceber que tinha perdido a esperança de ver esta trilogia ser bem concluída.
«The Dark Knight Rises» acolheu-se na profundidade de uma caverna e não conseguiu alcançar o esplendor.
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