Realização: Asghar Farhadi
Argumento: Asghar Farhadi
Quando a sua esposa sai de casa, Nader (Peyman Maad) contrata uma jovem mulher para tomar conta do seu pai doente. O que ele não sabe é que a nova empregada não só está grávida, como trabalha também sem a permissão do marido. Pouco tempo depois, Nader vê-se envolvido numa teia de mentiras, manipulação e confrontos públicos.
Existem filmes que iluminam os nossos olhos de tão brilhantes que são e cobrem-se de arte da cabeça aos pés, este é o caso de A Separation, um drama que veio directamente do Irão para nos projectar uma historia envolvente, muito realista e com um grande toque de suspense. Este é o perfeito exemplo de quanto bom um filme pode ser, sem ser necessário muita complexidade, simplesmente demonstrando de uma forma criativa como tudo realmente é.
A Separation consegue nos levar por uma rota amarga de complexos e limitações religiosas que têm muito poder sobre a sociedade e o quanto ridículo isto pode-se tornar. Podia, aqui, pintar um quadro cheio de pormenores sobre esta obra, que tanto me fascinou, mas a dada altura estragaria toda a pintura porque a magia por detrás desta longa-metragem está na maneira que tudo gradualmente evolui, tornando-se digna de ser visualizada e apreciada.
Um filme que não merece ser visto só como uma analise social ou mesmo como um critica politica é também um estudo ao comportamento humano e a forma que este reage numa sociedade que defende, acima de tudo, a honra, o orgulho, a justiça e valores religiosos. Uma defesa que acaba sendo ridicularizada.
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